Carapicuíba foi muito citada na história por ser o caminho utilizado pelos bandeirantes. Localizada perto das terras doadas pelo rei de Portugal à Afonso Sardinha e próximo às reservas indígenas.
Com o objetivo de aproveitar a mão-de-obra indígena, Afonso Sardinha, em 1590, instalou um posto na Aldeia de Carapicuíba, dando início à construção de uma capela, porém, Afonso Sardinha retornou para a Europa e lá ficou até sua morte.
Em 1610, a Aldeia começou a sofrer os impactos da batalha entre as autoridades e os índios que reagiram violentamente aos propósitos, fazendo com que a tribo embrenhasse cada vez mais pela mata fechada. Desse período até meados de 1670 a Aldeia serviu de ponto de encontro entre clero e as autoridades, juntos traçavam manobras de ocupação da Aldeia e exploração do trabalho indígena.
Em 1770 o progresso começou a se fazer sentir, mudando a paisagem que permanecia bela e inalterada durante séculos. Os caminhos se alargavam entre as cidades, já haviam pequenas cidades no caminhos de São Paulo à Carapicuíba. Em torno da Aldeia foram sendo erguidas construções que abrigaram a família Camargo, conhecidos como os “donos das festas”, ou seja, os organizadores das Festas de Santa Cruz e Santa Cruzinha, família essa que organiza as festas até hoje.
Em 10 de agosto de 1875, com a chegada da linha férrea que ligava Sorocaba a São Paulo, Carapicuíba, não tinha se desenvolvido ainda.
Em novembro de 1921 a vila Sylviania (antigo nome de Carapicuíba) ganhou um desembarcadouro, logo depois, perto da estação Sylviania, surgiu um outro desembarcadouro, o Km 21, que foi destinado para a embarcação de gado, uma vez que ali, onde hoje está a Cohab, funcionava um grande matadouro.
Após a construção dos matadouros, olarias e desembarcadouros, alguns compradores dos lotes da Vila Sylviania começaram a construção de suas casas, surgindo a Igreja Nossa Senhora Aparecida, conhecida hoje como Igreja Amarela. Muitos funcionários da linha férrea fixaram residência em Carapicuíba e ajudaram no desenvolvimento da cidade.
Com o falecimento do Barão de Iguape, a fazenda Carapicuíba passou por vários proprietários, até que em 1903 foi vendida à Delfino Cerqueira que contratou a Companhia Construtora Paulista, responsável pelo loteamento e arruamento de parte da fazenda. Anos mais tarde Delfino Cerqueira contratou a Wainsten & Cia para lotear e arruar a outra parte da fazenda.
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